Conflito entre Israel e Hezbollah: entenda as tensões atuais no Líbano

Atualizado em 04/10/2024

O Oriente Médio enfrenta um novo momento de tensão, agora centrado no confronto entre Israel e o Hezbollah, grupo político-militar xiita sediado no Líbano. Nas últimas semanas, Israel aumentou seus bombardeios no sul do Líbano e em Beirute, tendo como alvos principais as posições do Hezbollah, considerado uma ameaça à sua segurança.

Israel também deu início a incursões terrestres no país, ampliando o conflito. A complexidade do cenário atual, envolvendo questões políticas e históricas, é importante para estudantes de vestibulares e do Enem. Por isso, o Curso Prime Londrina preparou uma análise detalhada para você entender as origens e os desdobramentos desse confronto.

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Os impactos  da morte de Hassan Nasrallah

O acontecimento de maior destaque nessa recente ofensiva foi a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um ataque aéreo israelense. Nasrallah era uma figura central no grupo, conhecido por sua forte ligação com o Irã. Apesar da perda, o Hezbollah ainda possui grande capacidade militar, com um arsenal de mísseis que mantém a região sob constante risco de novos ataques.

A morte de Nasrallah intensificou as preocupações internacionais sobre a escalada da violência, temendo que o conflito possa se expandir para além do Líbano e envolver outros países do Oriente Médio.

Raízes e desdobramentos do conflito

O atual confronto entre Israel e o Hezbollah não é um conflito recente. Nos últimos anos, o Hezbollah tem lançado ataques contra áreas ao norte de Israel, o que provocou fortes reações israelenses, incluindo bombardeios e movimentação de tropas. O apoio militar do Irã ao Hezbollah, com armas e tecnologia, também tem sido um elemento central, aumentando a complexidade do conflito.

Do lado libanês, as consequências humanitárias são graves. Segundo autoridades locais, mais de mil civis já perderam suas vidas, e cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas de suas casas. A crise humanitária no país é alarmante, e a população civil sofre os efeitos de uma guerra que parece estar longe de terminar.

Origem do Hezbollah 

A origem do Hezbollah está diretamente ligada à ocupação israelense no Líbano, que começou nos anos 1970. A criação oficial do grupo ocorreu em 1985, mas suas raízes se formaram em meio à resistência à invasão de 1982, quando Israel lançou a chamada "Operação Paz para a Galileia". Esse evento foi um dos momentos mais marcantes do conflito, e a retirada de Israel do sul do Líbano, em 2000, não impediu que o Hezbollah se mantivesse ativo como uma força política e militar relevante.

O grupo, que surgiu com apoio do Irã, tornou-se uma das principais facções no cenário político libanês, representando grande parte da população xiita e exercendo grande influência tanto nas decisões políticas quanto militares do país.

Entenda a divisão política no Líbano e seu papel no conflito

A dinâmica do conflito não se limita a Israel e ao Hezbollah. O Irã, um aliado importante do grupo, fornece suporte militar e financeiro, ampliando a disputa para uma questão de influência regional. Do outro lado, Israel conta com o apoio de potências ocidentais, como os Estados Unidos, o que transforma o conflito em uma questão de interesses globais.

Internamente, o Líbano ainda lida com as consequências de sua guerra civil e com a divisão sectária entre diferentes grupos religiosos, como cristãos, sunitas e xiitas. O Hezbollah, que representa os xiitas, tem uma posição dominante no governo, mas isso só aumenta as tensões entre as diversas facções políticas do país.

O que esperar?

O conflito entre Israel e Hezbollah segue sem uma solução à vista, com o risco de uma escalada em larga escala crescendo diariamente. O envolvimento de potências regionais e globais torna ainda mais difícil encontrar um caminho para o cessar-fogo. Para estudantes que se preparam para o vestibular, entender os antecedentes históricos e políticos dessa disputa é essencial, pois os impactos desse confronto são vastos e duradouros.

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Fonte: BBC Brasil