Cai no vestibular: entenda como as vacinas funcionam
Cientistas do mundo todo estão mobilizados em busca de vacinas eficazes contra a Covid-19. O tema é importante, atual e pode cair no vestibular! Algumas marcas já passaram da fase de testes que garantem segurança e eficácia e estão sendo aplicadas em vários países no mundo, inclusive no Brasil, onde já usamos a Coronavac, a AstraZeneca e testamos a Pfizer. As vacinas são uma importante tecnologia de promoção da saúde e reforçam a relevância da pesquisa científica para a humanidade. Aqui no Curso Prime, estamos sempre de olho em temas que podem ser cobrados no ENEM e nos principais vestibulares. Por isso, preparamos um resumo para te ajudar a entender melhor sobre como ocorre a imunização por vacinas. Acompanhe!
História da vacina
Os primeiros registros de utilização de vacina estão relacionados ao combate à varíola no século X, na China. Na época, os métodos utilizados eram muito diferentes dos atuais. Eram trituradas as cascas das feridas causadas pela doença e depois este pó era soprado no rosto das pessoas. O termo “vacina” foi utilizado pela primeira vez em 1798, quando o inglês Edward Jenner descobriu que as pessoas contaminadas pela varíola bovina, de menor impacto no corpo humano, não eram contaminadas pelo vírus da varíola comum. O nome “vacina”, portanto, deriva do nome científico da varíola bovina, Variolae vaccinae.
A partir da descoberta de Jenner, em 1799, foi criado o primeiro instituto vacínico em Londres. E a partir de 1800, a Marinha britânica passou a utilizar a vacinação. Já no Brasil, as primeiras vacinas foram trazidas em 1804, pelo Marquês de Barbacena. Desde a criação do termo, por Jenner, em 1798, até os dias de hoje, muitas mudanças foram feitas. Na época das primeiras vacinas, utilizava-se o pus das pessoas infectadas para transferir o vírus mais fraco da varíola.
Atualmente, utilizam-se outros métodos mais seguros e mais eficientes: aplicação de microrganismos atenuados e aplicação de microrganismos inativados. Ambos não são suficientes para o desenvolvimento da doença, mas geram resposta imunológica, evitando a contaminação futura através do desenvolvimento de anticorpos, tanto para doenças virais quanto para doenças bacterianas.
Diferenças entre vacinas
As vacinas de microrganismos atenuados e inativados têm suas diferenças, suas vantagens e desvantagens. As vacinas que utilizam microrganismos atenuados precisam de menos doses por terem um resultado mais duradouro. Exemplos dessa vacina são as que combatem o Sarampo, a Caxumba, a Rubéola e a Febre Amarela. Já as vacinas de microrganismos inativados precisam de mais doses, pois utilizam apenas partes dos organismos que não estão mais vivos, como suas proteínas. São exemplos deste método as vacinas que combatem a Hepatite A e B, a Raiva, a Meningite, a Cólera e a Febre Tifóide.
Vacinas contra a Covid
Para conter o alastramento do vírus Sars-Cov-2, responsável pela pandemia de Covid-19, causador de mais de dois milhões de mortes pelo mundo, diversas vacinas foram desenvolvidas em tempo recorde. Diferentes métodos foram utilizados e resultaram em diferentes eficácias.
A Coronavac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, utiliza o método mais antigo de todos, o do vírus inativado, e conta com uma eficácia geral de 50,34% e de 78% para casos que precisam de algum atendimento médico.
Já a vacina produzida pela farmacêutica AstraZeneca utiliza o método do vírus atenuado, manipulando um adenovírus de chimpanzé como vetor viral, ou seja, o adenovírus é modificado para poder transportar as proteínas do coronavírus e possibilitar a produção de anticorpos.
A vacina da farmacêutica norte americana Novavax utiliza o método de separar o vírus em pequenos pedaços proteicos e injetá-lo diretamente no sistema sanguíneo do paciente.
A grande inovação que ocorreu neste período foram as vacinas que utilizam RNA mensageiro para a imunização. Elas funcionam assim: pequenos fragmentos de código genético são injetados nas células, produzindo proteínas virais, enganando o sistema imunológico que passa a gerar uma resposta imune a partir dessas proteínas. Essas são as vacinas mais eficientes, com 95% de sucesso, e são produzidas pelas empresas norte-americanas Pfizer e Moderna.
Apesar da alta eficácia, o uso dessas vacinas no Brasil é um grande desafio, pelo seu preço e pela temperatura em que têm que ser armazenadas (em torno de -70ºC).
Vacinas são seguras e necessárias
As vacinas são responsáveis pela extinção e pelo controle de diversas doenças que, antigamente, eram consideradas extremamente perigosas. Dois grandes exemplos de doenças erradicadas pela vacinação em massa são a Varíola (responsável por trezentos milhões de mortos) e o Sarampo (responsável por 6 milhões de mortos anualmente até 1963), doenças essas que marcaram gerações pela sua alta taxa de mortalidade e que, atualmente, não representam mais risco para a sociedade.
Ultimamente, ao redor do mundo, surgiram movimentos antivacina que duvidam da eficácia e da necessidade da vacinação da população, colocando uma questão em debate que há muito tempo havia sido ultrapassada: as vacinas são, de fato, seguras? A resposta é sim! As vacinas disponibilizadas para o uso na população são submetidas a uma série de testes extremamente rigorosos e, mesmo após entrarem em circulação, continuam sendo monitoradas constantemente. Mesmo tendo alguns efeitos colaterais como febre e dores no corpo, as vacinas são muito mais seguras que a imunização através da contaminação pela doença, visto que diversas doenças, além dos seus sintomas, podem deixar sequelas gravíssimas.
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