Obras literárias: saiba como se preparar para o novo vestibular da UEL
O novo vestibular 2021 da UEL será realizado em apenas um dia, com 50 questões de conhecimentos gerais e linguagens e uma proposta de redação. Ao contrário dos anos anteriores, não haverá segunda fase com provas de conhecimentos específicos, quando geralmente eram contempladas as questões sobre as obras de leitura obrigatória. Com a mudança, muitos vestibulandos estão se perguntando: devo ler os livros recomendados para garantir um bom desempenho?
Convidamos o professor Biti, que ensina literatura no curso Prime, para dar algumas dicas sobre como se preparar para a prova de linguagens, que nesta edição será composta por 10 questão de língua portuguesa e literatura, quatro questões de língua inglesa, além da redação. As questões de linguagens, portanto, corresponderão a 28% da prova.
Estudo proveitoso
Quem busca aprovação em cursos de alto desempenho, como medicina, precisa ter o objetivo de gabaritar a prova da UEL, por isso, o estudo deve ser proveitoso. Isso quer dizer que o aluno deve deixar o gosto pela leitura de lado, pois o importante é que esse conhecimento vire pontos que concretizem a aprovação.
A primeira dica de Biti é receber uma orientação crítica antes de fazer a leitura da obra, seja através de um bom professor, seja por meio de um texto crítico-reflexivo sobre o livro. No Prime, esse trabalho já vem sendo realizado nas aulas de literatura.
Em segundo lugar, a recomendação é criar um mapa mental - ou algo parecido com o antigo fichamento - sobre o que for estudando, pois para uma boa memorização do conteúdo é necessário revê-lo algumas vezes antes da prova.
Biti lembra que será uma prova ímpar no histórico de vestibulares da UEL. Em relação às questões de literatura, entretanto, o concurso costuma cobrar três fatores com mais recorrência:
- o enredo do livro
- as alegorias construídas pelo enredo
- a comparação entres as temáticas dos livros.
Diversos gêneros literários estão contemplados pela nova lista da UEL, entre eles romance, poema, contos, crônica e peça de teatro. Uma novidade é a introdução de um autor africano que escreve em português, o angolano Agualusa. Alguns livros já estão em domínio público e encontram-se disponíveis para download.
Confira a lista:
'A palavra algo' - Luci Collin (Iluminuras, 2016)
'Amor de perdição' - Camilo Castelo Branco (Melhoramentos, 2013)
'Casa de pensão' - Aluísio Azevedo (Martin Claret, 2013)
'Clara dos Anjos' - Lima Barreto (Martin Claret, 2011)
'Contos novos' - Mário de Andrade (Nova Fronteira, 2015)
'Eles não usam black-tie' - Gianfrancesco Guarnieri (Civilização Brasileira, 2017)
'Histórias que os jornais não contam' - Moacyr Scliar (LPM Editores, 2017)
'O vendedor de passados' - José Eduardo Agualusa (Tusquets, 2018)
'Poemas escolhidos de Gregório de Matos' - Gregório de Matos (Companhia das Letras, 2011)
'Quarto de despejo' - Carolina Maria de Jesus (Ática, 2019)